Compostagem transforma restos de comida em adubo, até dentro de casa
Política Nacional de Resíduos Sólidos propõe alternativas que, uma vez adotadas, impediriam o ciclo destrutivo que o lixo promove na natureza
Carne, legumes, frutas, e óleos parecem inofensivos durante a preparação da refeição. Mas, se os restos desses alimentos, incluindo as cascas (até as de ovos) não tiverem tratamento, as conseqüências podem ser desastrosas para o meio ambiente. Essa matéria orgânica representa a maior parte dos resíduos sólidos enviados à coleta regular. Só que, hoje em dia, a Política Nacional de Resíduos Sólidos propõe alternativas que, uma vez adotadas, impediriam o ciclo destrutivo que o lixo promove na natureza. Uma delas é a compostagem, que tem sido adotada dentro de casa por aqueles que estão ligados à ecologia.
Presente no segundo capítulo da lei nº 12.305, que discrimina as definições da Política Nacional de Resíduos Sólidos, e no terceiro capítulo, sobre as responsabilidades dos geradores e do poder público, a compostagem hoje é obrigação de todos. “Implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido”, diz o capítulo V do artigo 36, que fala sobre responsabilidades. De acordo com Cláudio, a ação é muito pouco praticada no Brasil.
“No meio rural é natural, porque há um ciclo. A fruta cai do pé, a galinha come e depois suas fezes viram adubo. Os resíduos têm um ciclo ecológico. Na cidade, temos que fazer nós mesmos, dentro de apartamentos, em quintais etc”, diz Cláudio, que começou a desenvolver projetos nessa área em 1999. “Comecei a desenvolver permacultura nessa casa onde está hoje a Morada da Floresta, na época em que vim estudar artes plásticas em São Paulo, e comecei a fazer as primeiras experiências com compostagem. Tinha anseio de transformação social, queria gerar mais impacto.”
“É um sistema prático, compacto, higiênico e de fácil manuseio, que não produz cheiro nem atrai insetos. A minhoca californiana acelera a compostagem, pois come restos de alimentos e seu esterco vira húmus”, diz Cláudio.
Todo mundo tem como colaborar, mesmo que seja montando seu próprio sistema caseiro. O que falta é vontade e, claro, conscientização
fonte: globo ecologia
Sistema de compostagem (Foto: Divulgação)
“A compostagem é a degradação dos resíduos orgânicos, é a transformação deles em adubo. É como se fosse a reciclagem da matéria orgânica. Há várias formas de se fazer isso, por exemplo, com galhos de árvores cortados em parques e clubes. Eu trabalho com resíduos de cozinha, como frutas, cascas, farinha e pão transformando esses restos em húmus através da compostagem doméstica ou da compostagem industrial, no caso de cozinhas industriais. A compostagem devolve ao solo os seus nutrientes”, conta Cláudio Vinícius Spínola de Andrade, diretor executivo da ONG, OSCIP e empresa Morada da Floresta.Presente no segundo capítulo da lei nº 12.305, que discrimina as definições da Política Nacional de Resíduos Sólidos, e no terceiro capítulo, sobre as responsabilidades dos geradores e do poder público, a compostagem hoje é obrigação de todos. “Implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido”, diz o capítulo V do artigo 36, que fala sobre responsabilidades. De acordo com Cláudio, a ação é muito pouco praticada no Brasil.
“No meio rural é natural, porque há um ciclo. A fruta cai do pé, a galinha come e depois suas fezes viram adubo. Os resíduos têm um ciclo ecológico. Na cidade, temos que fazer nós mesmos, dentro de apartamentos, em quintais etc”, diz Cláudio, que começou a desenvolver projetos nessa área em 1999. “Comecei a desenvolver permacultura nessa casa onde está hoje a Morada da Floresta, na época em que vim estudar artes plásticas em São Paulo, e comecei a fazer as primeiras experiências com compostagem. Tinha anseio de transformação social, queria gerar mais impacto.”
Sistema de compostagem (Foto: Divulgação)
O primeiro aparelho de Cláudio foi feito com tonéis de ferro de lixo de 200 litros. Ele furava o fundo para drenar o líquido, colocava resíduos e separava com uma tela dos resíduos que jogava por cima. A cobertura era de folhas. O processo era totalmente artesanal. Depois que teve acesso às minhocas californianas, mudou o esquema. Hoje, ele encaixa três caixas modulares de plástico umas nas outras e, no fundo delas, terra, minhocas e os alimentos. As duas de cima (caixas digestoras) digerem os resíduos orgânicos e a de baixo (caixa coletora) recolhe o chorume que escorre e joga fora por uma torneira.“É um sistema prático, compacto, higiênico e de fácil manuseio, que não produz cheiro nem atrai insetos. A minhoca californiana acelera a compostagem, pois come restos de alimentos e seu esterco vira húmus”, diz Cláudio.
Todo mundo tem como colaborar, mesmo que seja montando seu próprio sistema caseiro. O que falta é vontade e, claro, conscientização
fonte: globo ecologia
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