segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Criação de aterro sanitário está no papel



Meio Ambiente
Apenas 2 das 5 cidades da Grande Belém já têm planos de resíduos sólidos
ANNA PERES
Da redação
Em menos de dois anos, os municípios brasileiros precisarão extinguir seus lixões e substituí-los por aterros sanitários. Essa é uma das exigências e também o maior desafio da Lei 12.305 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O prazo é curto se for levado em consideração o andamento de obras e projetos em algumas cidades brasileiras. Na Região Metropolitana de Belém, por exemplo, apenas dois dos cinco municípios elaboraram o Plano Municipal de Resíduos Sólidos em tempo hábil, ou seja, o último dia 2 de agosto.
Mas, enquanto os projetos saem lentamente do papel, o destino da maior parte do lixo produzido na Região Metropolitana continua sendo depósitos a céu aberto. Mesmo no lixão do Aurá, que nos últimos anos passou a ser chamado de aterro sanitário, pela Prefeitura de Belém, a destinação do lixo está longe de ser a mais adequada. Dejetos e material reciclável são despejados do mesmo jeito, a céu aberto, comunidades se formaram e permanecem em torno do lixão e a presença de catadores é constante, inclusive a de crianças. "A gente escuta falar nas mudanças, mas não sabe quando elas vão acontecer. Fica até com um pouco de medo porque se sair daqui o que a gente vai fazer", preocupa-se Sebastião Souza, há 13 anos no Aurá.
Situação parecida é encontrada também em Benevides. O município, assim como Ananindeua, é um dos retardatários que perderam o prazo de elaboração do Plano Municipal de Resíduos Sólidos. Na prática, isso significa ficar impossibilitado de acessar recursos para projetos de coleta e destinação do lixo. Quando foi procurada pela reportagem de O LIBERAL, há duas semanas, a Secretaria de Meio Ambiente de Benevides informou que seu plano ainda estava em fase de elaboração, sem prazo para a conclusão. Na semana passada, uma equipe de reportagem visitou o local destinado ao lixo no município: uma grande área verde, parcialmente desmatada, onde são despejados todos os tipos de rejeitos e, claro, que atraem para o local dezenas de catadores. Lauro Nascimento, 38 anos, é um deles. Desde que ficou desempregado, há dois anos, passou a tirar do lixão a subsistência da família.


Fonte: O liberal

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