quinta-feira, 26 de novembro de 2020

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Geografia e Globalização

 

                                 Por Adilson Furtado (Bacharel & Licenciado em Geografia - Esp. Educação Ambiental)

    O momento atual, globalização, internacionalização (SANTOS, 1997 p.12) ou capitalismo informacional (CASTELLS, 2000. P. 95) é marcado por uma grande complexidade social, econômica, política e cultural. Os objetos do nosso dia-a-dia, constantemente, passam por verdadeiras revoluções científico-tecnológicas que gradativamente ocasionam a redução de tamanho e ao mesmo tempo aumentam a funcionalidade desses objetos.

    O processo marcante da atualidade é denominado, por vários estudiosos, a exemplo de Santos (2002), de globalização. Este processo que ainda está em fase de desenvolvimento, não é um fenômeno pronto, acabado, mas é bastante visível em muitos aspectos, a exemplo da interdependência econômica entre os países. Além do mais, hoje, a economia funciona em rede, onde um momento de crise deixa de ser local, afetando um único país, para atingir a esfera global, interferindo diretamente e/ou indiretamente na maior parte dos países do mundo.

    No decorrer dos anos 1970, os acontecimentos conjunturais e estruturais ocorridos no mundo, ocasionaram uma Revolução Científico-Tecnológica. Essa revolução possibilitou ao homem reconhecer o conjunto dos recursos naturais e de acompanhar as transformações em praticamente todos os territórios quase no mesmo instante em que elas acontecem.

    As transformações e/ou acontecimentos que ocorrem atualmente no planeta, são sem dúvida, resultados do avanço científico-tecnológico. A órbita terrestre está repleta de satélites artificiais que fotografam constantemente o planeta, possibilitam a transmissão de informações, imagens e sons, além da manipulação de máquinas na produção industrial e na produção agrícola.  

    A Geografia que é a ciência que estuda o espaço geográfico, logo as relações espaciais (espacialidade), tem um papel fundamental para a análise, entendimento e compreensão do processo de globalização, principalmente no que diz respeito à origem e desenvolvimento deste processo, além das implicações econômicas, políticas, tecnológicas e culturais dele em nosso cotidiano. Nesta perspectiva a Geografia é de grande importância para a formação de um cidadão crítico, consciente e esclarecido da sua realidade sócio-econômico-político e cultural.

Deseja citar em seu trabalho: JESUS, F.A. "Geografia e Globalização"; Geografia&Diversidade. Disponível em: http://adilson-furtado.blogspot.com/. Acessado em __/_____/____

Referências Bibliográficas

CASTELLS, M. A era da informação, economia, sociedade e cultura: fim de milênio (volume 3). São Paulo. Paz e Terra, 2000.

SANTOS, M. Metamorfose do espaço habitado. 5ª edição. São Paulo. Hucitec, 1997

_________ Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 3ª Edição. Rio de Janeiro / São Paulo. Record, 2000 

sábado, 22 de agosto de 2020

O que é ecossistema?


Ecossistema é o nome dado a um conjunto de comunidades que vivem em um determinado local e interagem entre si e com o meio ambiente, constituindo um sistema estável, equilibrado e autossuficiente. O termo foi utilizado pela primeira vez em 1935 pelo ecólogo Arthur George Tansley. Desde então, faz parte do vocabulário da comunidade científica e da sociedade.
→ Componentes de um ecossistema
Um ecossistema é formado por dois componentes básicos: o biótico e o abiótico. O primeiro diz respeito aos seres vivos da comunidade, tais como plantas e animais. Esses seres desempenham diferentes papeis em um ecossistema e ocupam diferentes níveis tróficos, podendo ser produtores, consumidores ou decompositores.
De alguma forma, todos os seres vivos de um ecossistema dependem uns dos outros. Os produtores, por exemplo, garantem a entrada de energia no sistema. Os consumidores, por sua vez, promovem o fluxo de energia e matéria. Por fim, os decompositores garantem a ciclagem dos nutrientes.
Além dos componentes bióticos, temos os componentes abióticos, que são as partes sem vida do ambiente, como o solo, a atmosfera, a luz e a água. Esses fatores são fundamentais para a manutenção da vida, pois garantem a sobrevivência das espécies, atuando, inclusive, no metabolismo dos seres vivos, como é o caso da água.
→ Exemplos de ecossistemas
Os ecossistemas podem ser observados em diferentes escalas. O maior ecossistema existente é a própria biosfera, que corresponde a todos os locais do globo onde existe vida. Outro exemplo são as florestas tropicais, que se destacam por sua grande biodiversidade.
Entretanto, ecossistemas podem ocorrer em pequena escala, com em um pequeno aquário autossuficiente que contenha plantas, peixes e algas. Vale destacar ainda que uma única planta de uma floresta pode ser considerada um ecossistema, pois engloba ali vários organismos que interagem com os fatores abióticos.
É importante entender que todos os ecossistemas estão interligados e, portanto, existe a troca de matéria e energia entre eles, independentemente de seu tamanho. Assim sendo, cada ecossistema, mesmo que pequeno, é importante para garantir o equilíbrio do planeta.
Por Ma. Vanessa dos Santos
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-ecossistema.htm. Acessado em 22/08/2020

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Vídeo Aula: Amazônia na DIT


(EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização.

domingo, 9 de agosto de 2020

Exercício sobre Globalização

A Importância da Geografia


Por Rodolfo Alves Pena. Graduado em Geografia

A Importância da Geografia está relacionada à necessidade de se conhecer o espaço geográfico. Este pode ser entendido como o espaço produzido pelo homem e que está em constante transformação ao longo do tempo. Podemos dizer, então, que o espaço geográfico possui um caráter histórico e, por isso, é capaz de contar a história e as características da ação humana sobre o meio em que vive. Além do mais, também é campo de estudo da Geografia toda a dinâmica superficial da Terra.
Na segunda metade do século XX, foi criada nos Estados Unidos a expressão analfabetismo geográfico, em face da ignorância geral da população daquele país diante dos conhecimentos propostos pela Geografia. Muitos investidores cometiam erros por não conhecerem a língua, os costumes e a cultura de um determinado lugar. Estudiosos em várias áreas padeciam por não conhecerem a dimensão espacial de seus estudos, a exemplo de muito economistas, cientistas políticos e sociólogos.
A importância da Geografia, entretanto, não está somente nos conhecimentos sobre os nomes de países, suas capitais, dados populacionais, moeda, religião etc., mas também em explicar a dinâmica das ações no espaço, que não desvinculam do tempo. Por exemplo: a dinâmica da transformação dos espaços na cidade, a lógica da produção agrária, a distribuição dos movimentos sociais, a estrutura geomorfológica superficial da Terra, entre outros.
A importância dos mapas para a Geografia

A Geografia não é a ciência responsável por produzir os mapas, pois o campo do conhecimento que carrega esse objetivo é a Cartografia. No entanto, para o geógrafo e para os estudantes de Geografia é extremamente necessário o conhecimento sobre a produção e leitura dos mapas, haja vista que eles são utilizados para representar e explicar as características postas no espaço. Nesse sentido, faz-se útil que o estudante tenha em mente questões referentes aos elementos cartográficos e suas utilidades, como a escala e a legenda, os tipos de mapas e as atribuições dadas a cada um.

Os objetivos e utilidades da Geografia

A Geografia tem como objetivo principal entender a dinâmica do espaço para auxiliar no planejamento das ações do homem sobre ele. Entender as formas de relevo, os fenômenos climáticos, as composições sociais, os hábitos humanos nos diferentes lugares são imprescindíveis para a manutenção da vida em sociedade. Essa ciência foi – e ainda é – muito utilizada para fins militares, uma vez que se faz extremamente necessário o conhecimento sobre um determinado território para a sua ocupação ou para se adquirir vantagens em uma batalha ou guerra. Por conta disso, no ano de 1977, o geógrafo Yves Lacoste escreveu uma obra intitulada A Geografia serve – antes de mais nada – para fazer a Guerra, reafirmando a utilidade militar e política da Geografia, bem como o seu caráter extremamente ideológico de manutenção e consolidação do sistema capitalista. Entretanto, com a evolução das críticas, conforme destaca Ruy Moreira em seu livro Pensar e Ser em Geografia, essa ciência também passou a ser utilizada para desvendar as máscaras sociais, uma vez que ela revela como os sistemas econômicos, políticos, ideológicos e sociais se manifestam sobre as pessoas e sobre o espaço. Temas como a segregação espacial, o processo de favelização, a evolução e espacialização da violência e marginalidade são estudados e explicados em suas raízes pela Geografia, o que pode auxiliar no planejamento social, bem como nas críticas e ações populares que auxiliem no combate a este e outros problemas socioespaciais.
Originalmente publicado no Portal Brasil Escola   https://brasilescola.uol.com.br/geografia/importancia-geografia.htm

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

A Cabanagem




segunda-feira, 20 de julho de 2020

sábado, 18 de julho de 2020

IBGE ATUALIZA MAPA DA AMAZÔNIA LEGAL


O IBGE divulga hoje os Limites da Amazônia Legal para 2019, a partir da atualização da Malha Municipal da região. O produto está disponível aqui.
A Amazônia Legal foi instituída pela Lei 1.806, de 06/01/1953, com o objetivo de definir a delimitação geopolítica com fins de aplicação de políticas de soberania territorial e econômica para a promoção de seu desenvolvimento. Os limites da Amazônia Legal foram se estendendo em função da área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) . Hoje, ela ocupa 5.015.067,749 km², correspondente a cerca de 58,9% do território brasileiro (8.510.295,914 km²) em conformidade com a recente divulgação da malha municipal.
Nove estados compõem a Amazônia Legal - Acre (22 municípios), Amapá (16), Amazonas (62), Mato Grosso (141), Pará (144), Rondônia (52), Roraima (15), Tocantins (139) e parte do Maranhão (181, dos quais 21 foram parcialmente integrados) – com um total de 772 municípios. O Maranhão, apesar de ser o estado com o maior número de municípios, tem apenas 79,3% do seu território (ou 261.350,785 km²) integrado à área de abrangência da Amazônia Legal.
No mapa da Amazônia Legal constam as divisas estaduais, limites municipais e posições das sedes das cidades que constituem a base logística para o controle estratégico do território e para a exploração econômica da região.
O novo mapa também apoia análises das Cidades Intermediárias da Amazônia Legal, aquelas com características socioeconômicas e conexões capazes de consolidar e disseminar o desenvolvimento local e intrarregional, a partir da rede urbana amazônica, seus fluxos e conexões rodoviárias e fluviais.

Histórico

Delimitada, inicialmente, em 1953, pela Lei 1.806, Amazônica Legal compreendida os estados do Pará e Amazonas, os à época territórios federais do Acre, Amapá, Guaporé e Rio Branco e, ainda, a parte de Mato Grosso a norte do paralelo 16º, a porção de Goiás a norte do paralelo 13º e área do Maranhão a oeste do meridiano de 44º.
Em 1966, a Lei 5.173 definiu que a região abrangeria os estados do Acre, Pará e Amazonas, os territórios federais do Amapá, Roraima e Rondônia e, ainda, as áreas de Mato Grosso a norte do paralelo 16º, de Goiás a norte do paralelo 13º e do Maranhão a oeste do meridiano de 44º. Em 1977, a Lei Complementar 31 de 11.10.1977 integrou todo o estado de Mato Grosso à Amazônia Legal.
Em 2001, a Medida Provisória 2146-1 de 4 de maio de 2001, criou as Agências de Desenvolvimento da Amazônia e do Nordeste, extinguindo a Sudam e a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). A Sudam foi recriada em 2007, pela Lei Complementar 124, junto com o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA).
Fonte: IBGE

sábado, 11 de julho de 2020

Ver o Peso: ícone histórico Belém-Pará-Brasil




       A história começou em 1625, quando o antigo Porto do Pirí passou a ser posto de aferição das mercadorias e arrecadação de impostos. Naquele contexto, “Casa de Haver o Peso”. Inicialmente sem o glamour   Boulevard Castilhos França, o Mercado de Carne e o Mercado de Peixe, o casario, as praças do Relógio e Dom Pedro II, a doca de embarcações, a Feira do Açaí e a Ladeira do Castelo. Ponto de embarque e desembarque de : indígenas escravizados, trazidos dos rios Negro, Japurá, Solimões e Madeira; negros de Angola e Benguela; colonos portugueses vindos da África e da Metrópole; traficantes de pessoas negras em condição escrava e agenciadores dos produtos regionais; missionários, cientistas e militares que por ali embarcavam A história política da cidade conta também com importantes registros naquele espaço. Foi o porto do Ver-o-Peso o local da chacina que ficaria conhecida como “tragédia do Brigue Palhaço” no ano de 1823, quando 256 pessoas, sob a guarda de agentes do governo por serem contra a independência do Brasil, foram assassinadas por asfixia com cal em pó no porão do navio Brigue Palhaço. Em 1835, o porto também serviu como um dos pontos de chegada dos insurgentes vindos do interior para tomar a capital paraense, momento em que foi deflagrada a maior revolução social da região, a Cabanagem.

Você sabia que Altamira é um dos maiores municípios do mundo ?


         Altamira possui uma área de 159 533,328 km², segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2017, o que o torna o maior município do Brasil e o terceiro maior do mundo em extensão territorial (sendo menor que Qaasuitsup e Sermersooq, municípios gronelandeses instituídos em 1 de janeiro de 2009). Até 2009 foi o maior município do mundo em extensão territorial.

domingo, 28 de junho de 2020

Teatro da Paz: Um dos símbolo da "Belle Époque" na Amazônia


   Ficheiro:Theatro da Paz 01.JPG – Wikipédia, a enciclopédia livre  

 Antigo Teatro Nossa Senhora da Paz. Construído entre 1874 e 1878, com projeto original do engenheiro militar José Tibúrcio de Magalhães. O Theatro da Paz foi fundado em 15 de fevereiro de 1878, durante o período áureo do Ciclo da Borracha, quando ocorreu um grande crescimento econômico na região amazônica. Período conhecido como “Belle Époque”. O teatro foi construído para atender os luxos e caprichos da elite da borracha, os barões da borracha. O espaço ao mesmo tempo é um marco histórico de segregação socioespacial, uma vez que, a maior parte da população da cidade não tinha condições de frequentar os espaços e era proibida de andar descalça nas ruas emborrachadas do entorno do Teatro, sob o risco de sofrer as penalidades previstas. Foi a primeira casa de espetáculos construída na Amazônia e tem características grandiosas: 1.100 lugares, acústica perfeita, lustres de cristal, piso em mosaico de madeiras nobres, afrescos nas paredes e teto, dezenas de obras de arte, gradis e outros elementos decorativos revestidos com folhas de ouro. Teatro do Paz não foi construído visando a atender à diversidade da população paraense. Nesse sentido, ele conserva uma prática feita desde seu princípio, qual seja a de ser impenetrável aos grupos mais populares da sociedade e permeável àqueles que possuem condições para pagar por um lazer diferenciado.