terça-feira, 30 de outubro de 2012

Brasil cria chip mais avançado da América Latina

Quarta-Feira, 24/10/2012, 00:11:09 - Atualizado em 24/10/2012, 00:16:51
Tamanho da fonte: A- A+
Brasil cria chip mais avançado da América Latina (Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
Uma empresa Brasileira tornou-se a pioneira da América Latina a desenvolver um chip de 65 nanômetros (medida equivalente a um milionésimo de mílimetro). O chip mais avançado  já produzido na região é um marco na microeletrônica brasileira, ele será fabricado na Cingapura, já que aqui não há instalações para a fabricação desses semicondutores.
O chip mais avançado, contém cerca de 90 milhões de transmissores e 10 milhões de gates em uma superficíe de pouco menos de 20mm², ele é um demodulador para TV digital, que poderá equipar notebooks, tablets, smartphones, aparelhos de TV de tela plana, televisores portáteis, navegadores GPS, conversores e qualquer outro tipo de aparelho eletrônico que com ele passam a receber o sinal da TV digital, que usa uma variação do padrão japonês (ISDB-T).
Foram investidos R$ 4,5 milhões, basicamente consumidos na montagem de toda infraestrutura necessária, com estações de trabalho, máquinas com alto poder de processamento, licenças de softwares para design, simuladores, modelagem matemática, formação da equipe, treinamento, consultoria, prototipagem e testes.

Fonte: Diario Online

domingo, 28 de outubro de 2012

27/10/2012 06h48 - Atualizado em 27/10/2012 06h48

Trabalho sustentável: conheça o perfil de quem atua em 'home office'

Empresas têm buscado cada vez mais profissionais que trabalham em casa

Poluição, tráfego, estresse e tempo desperdiçado no trânsito. Até que ponto ter que se deslocar para realizar um trabalho é realmente necessário e ecologicamente correto? É inegável que o avanço da tecnologia, aliada à maior flexibilidade de algumas empresas, resultou em mudanças significativas no formato de trabalho de muitos profissionais, que passaram a produzir a partir da comodidade do lar. A antiga expressão “lar doce lar” passa a dar lugar ao termo em inglês home office, que significa escritório em casa.
Ana Finamor (Foto: Divulgação)Ana Finamor, da FGV: o meio ambiente agradece o
escritório em casa (Foto: Divulgação/Ana Finamor)
Mas não é só a vida do funcionário que tende a mudar com o trabalho feito de casa. Para a especialista em desenvolvimento humano, Ana Ligia Finamor, coordenadora dos MBAs em Gestão Empresarial e em Gestão de Pessoas, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, o meio ambiente também agradece. “Há, nesse aspecto, diversos benefícios, como a menor produção de impressão em papel, pois as apresentações e relatórios tendem a ser transferidos em meio magnético, ou virtual. Além disso, um dos principais benefícios diz respeito à menor emissão de gases do efeito estufa por causa da redução de transporte”, explica Ana.
É o caso da jornalista autônoma Manoela César, que desde 2010 resolveu encurtar a distância entre o trabalho e seu filho, passando a produzir de casa. Ela deixou de trabalhar na redação de um grande jornal para se dedicar exclusivamente ao home office. “Quando morava em Niterói, eu pegava quatro ônibus: eram dois para ir e dois para voltar. Passava pelo menos três horas do meu dia, todo dia, dentro de uma condução. Depois que me mudei para o Rio, era somente um ônibus para cada jornada”, lembra a jornalista, que é autora do blog Colher de Chá Noivas.
Mas quais são as profissões que podem produzir no formato de home office? Ana Finamor lembra que existem funções com maior possibilidade de atuação feita de forma remota. “O home office serve para funções como analistas, projetistas, profissionais de suporte de informática, consultores, entre outros. O profissional que atua de casa deve ter um perfil mais adequado para este tipo de formato, incluindo características como total conhecimento sobre o trabalho, autonomia, iniciativa, motivação, persistência, capacidade de decisão e conhecimento das ferramentas de comunicação envolvendo a tecnologia”, ressalta.
Manoela Cesar (Foto: Divulgação)Manoela Cesar, jornalista autônoma e autora do
blog Colher de Chá Noivas (Foto: Divulgação)
Para Manoela, disciplina é o que conta para poder produzir de casa e, ao mesmo tempo, cuidar do seu filho. “Tento me dividir entre cuidar dele e meu trabalho da melhor forma. Em geral, passo as manhãs com ele e, ao mesmo tempo, leio os e-mails, resolvendo as questões mais urgentes de trabalho. Depois, levo meu filho para a escola e aí sim tenho as minhas horas de trabalho sem intervalos. Não é raro precisar produzir de madrugada, mas, apesar disso, sou muito mais feliz trabalhando de casa e é isso que eu quero para minha vida”, comemora a jornalista.
Ana Finamor conta que muitas empresas estão adotando o formato de home office para alguns de seus funcionários. Para ela, dois fatores principais estimulam esse modelo: são eles o incremento de tecnologia e a logística, incluindo transporte residência-escritório. “Hoje em dia, com o conceito de empregabilidade, que é o próprio profissional responsável pela sua carreira, tem se percebido um comprometimento e motivação maiores neste formato de trabalho, pois o profissional se vê desafiado a mostrar resultado, dando retorno, quando é o caso, para a empresa que demonstrou confiança em compartilhar este tipo de trabalho”, aponta.
Dentre os formatos de trabalho atualmente adotados pelas empresas que possuem funcionário em regime de home office, a coordenadora destaca dois. “Um é mais flexível, no qual o objetivo é a entrega de determinada tarefa. Já o outro é requerido o cumprimento de um horário tradicional. Nesse caso, o funcionário precisa trabalhar em determinado horário para atender ao cliente, ou se relacionar com outros funcionários da empresa em tempo real”, explica a especialista.
Com relação às tecnologias que propiciam pessoas de produzirem de casa, a coordenadora destaca algumas delas, sendo a principal o computador. “Tem também os tablets e os smartphones com acesso à internet, incluindo ferramentas de chat e de busca, como o Google, por exemplo. Eventualmente, é preciso também de uma linha telefônica. Todas essas ferramentas permitem o trabalho à distancia com uma certa facilidade”, conclui a especialista.

Fonte: Globo Ecologia
27/10/2012 06h49 - Atualizado em 27/10/2012 06h57

Restos de alimentos, que antes eram jogados no lixo, agora viram adubo

Entenda como é possível transformar resíduos orgânicos em aditivo agrícola

Qual é a primeira coisa que vem à cabeça quando o assunto é reciclagem de lixo? Acertou quem pensou em papelão, vidros, ou qualquer tipo de metal. Entretanto, o que talvez muitos não saibam é que os resíduos orgânicos, também conhecidos como lixo úmido, também podem ser reciclados, sendo transformados, em muitos casos, em adubo. Em setembro, o programa Cidades e Soluções, da Globo News, apresentou alguns casos de sucesso de empresas que vêm apostando no reaproveitamento do lixo como forma de contribuir para a sustentabilidade do planeta.
Segundo a reportagem, somente por ano, 22 milhões de toneladas de alimentos têm um destino certo: os aterros sanitários. Quando abandonados a céu aberto, os resíduos orgânicos se transformam em chorume, líquido que contamina as águas subterrâneas. Além disso, devido ao processo de decomposição, o lixo orgânico produz gás metano (CH4), que é extremamente nocivo à camada de ozônio. Como se não bastasse, esse tipo de dejeto atrai animais como ratos e diversos tipos de insetos, propiciando a propagação de doenças.
Vide Verde (Foto: Divulgação)A Vide Verde produz cerca de 30 toneladas de
adubo a partir do lixo orgânico (Foto: Divulgação)
Como explica Marcos Rangel, diretor comercial da empresa Vide Verde, uma das primeiras do Brasil a aproveitar comercialmente os resíduos orgânicos, os transformando em adubo, o país ainda tem muito a evoluir neste setor. “Apenas 5% dos resíduos orgânicos são aproveitados no Brasil em sistemas de reciclagem de nutrientes e no aproveitamento energético. Uma pena, não pelo aproveitamento energético, já que temos matrizes limpas no Brasil, mas pelo não aproveitamento de nutrientes para a produção agrícola. Temos que importar alguns nutrientes para esse tipo de uso, enquanto estamos jogando tudo no lixo”, alerta Marcos.
Conforme exibido no programa, o volume de alimentos que se joga fora no Brasil daria para alimentar, aproximadamente, 30 milhões de pessoas por ano. Além do que sobra no prato do brasileiro, o desperdício começa no campo e se agrava no transporte de frutas, legumes e verduras, bem como nos seus respectivos armazenamentos inadequados. Além disso, existe toda a questão ambiental, já que para cada quilo de alimento descartado nos aterros sanitários são emitidos 400 gramas de gás na atmosfera. Já nas composteiras, locais onde o lixo orgânico sofre o processo de decomposição de forma controlada, a emissão cai para quatro gramas por quilo, ou seja, cem vezes menos.
Apesar de o cenário não ser tão promissor no Brasil, no que tange o reaproveitamento do lixo orgânico, o programa da Globo News mostrou que algumas empresas já fazem a destinação correta do lixo úmido que produzem. É o caso da L’Oréal Brasil, que gera em sua fábrica algo em torno de cinco toneladas de lixo orgânico por mês, proveniente, principalmente, do refeitório. Outra empresa que vem trabalhando o reaproveitamento sustentável do lixo é a White Martins, que recicla 98% dos resíduos gerados na fábrica, sendo que desse total o lixo orgânico corresponde de 15 a 18%.
Transformando lixo em adubo
A Vive Verde foi uma das primeiras empresas a acreditar no potencial do lixo orgânico como fonte de renda, iniciando suas atividades em 2007. Atualmente, a companhia tem faturamento mensal de 100 mil reais e atende a cerca de 30 grandes clientes. “A Vide Verde produz aproximadamente 30 toneladas de adubo por mês, que são distribuídos para o estado do Rio de Janeiro. Já temos o interesse de outros estados pelo nosso produto. Começamos nossa operação em Resende. Atualmente, já temos mais uma planta em operação, localizada em Magé, que entrou em funcionamento em 2010”, conta Marcos.
Para cada dez quilos de lixo orgânico, é gerado um quilo de adubo, conforme explica o diretor comercial. A empresa criou um processo próprio de aceleração da compostagem do lixo orgânico, que requer misturá-lo à palha, tendo como elemento fundamental a adição de um catalisador específico, feito à base de lactose e algumas leveduras.
“A compostagem é um processo microbiológico de decomposição da matéria orgânica. Ele é simples, mas exige um acompanhamento constante. Temos que sempre monitorar a umidade, a relação carbono/nitrogênio, a temperatura, entre outros fatores. Além disso, temos que ficar de olho na presença de oxigênio, que deve ser bem balanceado para que o resultado seja positivo”, explica Marcos, lembrando que o processo normal de compostagem dura de cinco a seis meses e que com a tecnologia criada pela Vide Verde, esse período cai para 40 dias.
Fonte: Globo Ecologia

domingo, 14 de outubro de 2012

09/06/2012 06h52 - Atualizado em 11/06/2012 13h48

As diferentes formas de aproveitar a energia solar em sua residência

Enquanto a energia termossolar aquece a água usada para higiene pessoal, as placas fotovoltaicas são utilizadas para produzir energia elétrica

Os sistemas de energia fotovoltaica fincionam bem em dias nublados (Foto: Divulgação)O preço das placas depende de diferentes
fatores, como o tamanho (Foto: Divulgação)
Há várias formas de se aproveitar a energia solar. Atualmente, as mais utilizadas são a térmica - para aquecer a água - e a geração fotovoltaica de energia elétrica. No Brasil, a primeira é mais encontrada nas regiões Sul e Sudeste, por conta de suas características climáticas, e a segunda, nas regiões Norte e Nordeste, em comunidades isoladas da rede de energia elétrica.
A produção de energia térmica é feita a partir do uso de coletores solares. Estas estruturas são mais utilizadas em construções residenciais e comerciais – por exemplo, hotéis, restaurantes, clubes, hospitais - para aquecer de água usada na higiene pessoal e serviços de limpeza.
A energia térmica obtém calor e a fotovoltaica, eletricidade, podendo ou não necessitar de baterias. Existem diferentes tipos de usinas (ou sistemas) fotovoltaicas:
• Conectados à rede: tipo mais usado de instalações fotovoltaicas, normalmente sobre o telhado de casas e escritórios. Precisa da presença de um inversor, aparelho que transforma a energia em corrente contínua para corrente alternada. A energia gerada pelos painéis é entregue a rede elétrica convencional;
• Isolados: instalados em áreas de difícil acesso a rede elétrica, como zonas rurais, necessitam de um meio de armazenamento com, por exemplo, baterias. Esses sistemas podem gerar energia apenas para uma residência ou podem ser instalados em mini-redes para atender a uma pequena comunidade;
• Híbridos: a geração fotovoltaica funciona em conjunto com outras fontes energéticas, como eólica ou diesel. Considerados mais complexos, os sistemas híbridos exigem um controle capaz de integrar diferentes formas de geração de energia. Estes sistemas podem estar conectados a rede, isolados ou ter o apoio da rede.
• Usinas solares: são também conectadas à rede e produzem uma grande quantidade de eletricidade em um único ponto. Podem ser instaladas sobre grandes edifícios industriais ou no solo próximo a indústrias que exigem intenso consumo de energia.
Energia solar em casa (Foto: Divulgação)A área disponível é um fator importante para a
instalação das placas (Foto: Divulgação)
As estruturas dos sistemas de energia solar fotovoltaica são formadas por células, as unidades básicas que compõe os painéis. Já os painéis são instalados em conjunto, formando assim um módulo fotovoltaico. “O preço dos sistemas de placas fotovoltaicas está mais ligado à aplicação, à eficiência do material, à área em que o consumidor pretende construí-lo e à potência desejada”, explica Paula Scheidt Manoel, gerente de projetos do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal).
Outros pontos importantes para o consumo são os aspectos arquitetônicos , ou seja, a forma do projeto,  e a área disponível para implantação, em relação à potência instalada para verificar se serão necessários módulos mais eficientes ou não. “A maioria dos sistemas instalados hoje no mundo estao conectados à rede, com um grande uso instalado em edificações", completa Paula.
A principal matéria prima das células fotovoltaicas é o silício. Segundo Paula, as placas mais encontradas no mercado atual são as feitas com silício cristalino (c-SI), que apresentam melhor custo-benefício. O silício monocristalino (m-Si), além de ser a mais antiga tecnologia fotovoltaica, é também o que têm maior eficiência para fins comerciais. No caso do silício policristalino (p-Si), como o próprio nome já diz, as células são formadas por diversos cristais. Justamente por causa das bordas das partículas de cristais, a eficiência das células de policristalino é menor que as monocristalino.
Já o silício amorfo hidrogenado (a-Si) é usado para fabricar filmes finos, que são células mais maleáveis e flexíveis. “Esse material pode ser usado em fachadas de edifícios e coberturas, como de estádios de futebol”, exemplifica Paula. Se houver uma grande disponibilidade de área e um valor fixo de potência energética desejada, o mais indicado seria o uso de filmes finos, que apesar de terem menor eficiência, são mais baratos.
Paula Scheidt fala sobre o consumo de placas fotovoltaicas (Foto: Divulgação)Paula Scheidt fala sobre o consumo de placas
fotovoltaicas (Foto: Divulgação)
Uma das principais vantagens das placas fotovoltaicas, de acordo com Paula, é consumir a energia onde está sendo gerada. Outra é a capacidade de aumentar a capacidade instalada da maneira mais rápida por conta da modularidade das placas. Por exemplo, se uma pessoa instalar placas apenas em metade da área do seu telhado, é possível depois mandar instalar no resto da área em prazos mais curtos de instalação.
São pontos relevantes também o curto tempo de instalação das placas e o baixo impacto ambiental que elas geram. Vale destacar que os sistemas fotovoltaicos também operam em dias nublados. Devido à reflexão dos raios solares, dias levemente nublados podem resultar em campos com mais energia do que dias sem nenhuma nuvem no céu.
Existem duas possibilidades para comprar placas fotovoltaicas. “Há empresas que projetam todo o sistema fotovoltaico para a demanda do cliente e já instalam na casa do comprador, chamadas de empresas integradoras. Mas também é possível comprar direto com os fabricantes”, explica. Essa alternativa é menos recomendada por causa da instalação.
“Em geral, se pensarmos em termos de outros tipos de usinas energéticas, as de placas fotovoltaicas são relativamente mais fáceis de instalar .” No entanto, ainda é necessário que as células fotovoltaicas sejam instaladas por profissionais especializados, para evitar possíveis riscos ao sistema e à própria segurança do consumidor.

Fonte: Globo ecologia